Arte – Viajarte https://viajarte.blog Descubra a verdadeira arte de viajar Mon, 18 Sep 2023 10:20:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.5.3 https://viajarte.blog/wp-content/uploads/2020/05/favicon-viajarte.png Arte – Viajarte https://viajarte.blog 32 32 7 lugares fascinantes para visitar em Madrid gratuitamente https://viajarte.blog/7-lugares-fascinantes-para-visitar-em-madrid-gratuitamente/#utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=7-lugares-fascinantes-para-visitar-em-madrid-gratuitamente https://viajarte.blog/7-lugares-fascinantes-para-visitar-em-madrid-gratuitamente/#comments Sun, 14 Nov 2021 22:04:39 +0000 https://viajarte.blog/?p=1522

Quem disse que viajar é caro? Sete lugares em Madrid que visitar de maneira gratuita.

Uma das ideias que gostamos de compartilhar em nossas publicações é que cada vez que embarcamos em uma viagem, temos a consciência de que ela nos proporcionará novas experiências e sensações. Cada aventura nos dá a possibilidade de conhecer não só o destino, mas também a sua gente.

Ser capaz de interagir com todos os tipos de pessoas fez com que Raissa e eu desenvolvêssemos uma maior capacidade de empatia. No entanto, como já nos referimos em alguma ocasião, as viagens também nos permitem conhecer melhor a nós mesmos e, sobretudo, a quem nos acompanha. Precisamente, esta foi a principal razão pela qual, desta vez, convidamos os meus pais para se juntarem a nós no nosso novo destino, Madrid. Me impressionei ao observar como meu pai e minha mãe se transformam em outras pessoas quando deixam de lado os problemas e responsabilidades do seu dia a dia. Às vezes, cheguei a pensar que eram eles que estavam comemorando os seis anos de casamento e não nós.

Ciúmes a parte, o outro motivo que nos levou a escolher a capital da Espanha para esta viagem foi saber se poderíamos configurar uma espécie de roteiro a custo zero ou, pelo menos, o mais barato possível. A título de antecipação podemos dizer que, em ambos os casos, as nossas expectativas foram correspondidas: conhecemos um pouco melhor os “namorados” e conseguimos visitar vários locais sem gastar um único euro.

1. Templo de Debod

A excelente localização do nosso apartamento, situado em uma das ruas que levam à Plaza España, fez que nossa primeira parada fosse o Templo de Debod. Apesar de já termos ouvido falar dele, a realidade é que pouco sabíamos sobre um edifício tão suntuoso. Construído no século II aC, o templo foi presenteado pelas autoridades egípcias à cidade de Madrid. Após um meticuloso processo de reconstrução, foi aberto ao público em 1972. A título de dado, deve-se notar que ostenta de sua orientação original, ou seja, de leste a oeste.

MADRID templo de Debod
Fachada principal do Templo de Debod
MADRID templo Debod
Baixo-relevo dentro do Templo de Debod

Uma vez lá dentro, pudemos passear por suas diferentes estâncias e, assim, aprender mais sobre sua história. As pedras originais, com os respectivos hieróglifos e baixos-relevos, nos deram a impressão de estávamos mais próximos do Nilo do que do próprio rio Manzanares.

2. Museu Cerralbo

Após nossa primeira visita, seguimos em direção ao Parque do Retiro com a ideia de conhecer o Palácio de Cristal. Estávamos caminhando e conversando de forma descontraída, quando de repente encontramos um grupo de pessoas esperando para entrar no interior de um prédio. Minha curiosidade me levou a perguntar a uma delas o motivo da espera. A senhora, que por acaso era madrilenha, me informou que o Museu do Cerralbo era um dos grandes desconhecidos da capital e, além disso, era gratuito nos fins de semana. Como esperado, ficamos bastante seduzidos pela ideia e, após um pequeno debate, decidimos visitá-lo.

A primeira coisa que nos surpreendeu foi a própria arquitetura do prédio. De estilo historicista clássico, foi construído entre 1883 e 1893. Hoje abriga as diversas coleções de Enrique de Aguilar y Gamboa, conhecido como Marquês de Cerralbo, e sua família. Embora estejamos acostumados a visitar museus com bastante frequência, nunca tínhamos visto nada parecido. Tudo em seu interior teve que ser contemplado com parcimônia, não havia um só lugar do museu que não houvesse encanto. Durante o passeio pudemos nos deliciar com pinturas de artistas como El Greco, Alonso Cano, Tintoretto ou Zurbarán.

MADRID Museo Cerralbo
Interior do Museu Cerralbo

Entre a infinidade de objetos de grande valor em exposição estavam relógios, móveis de época, luminárias e até uma coleção de armaduras japonesas. Em relação aos móveis, ficamos fascinados com a mesa francesa e os sofás que compunham uma das salas mais impressionantes: a Sala de Bilhar. Da mesma forma, qualquer um dos visitantes poderia imaginar-se como um daqueles convidados que, há muito tempo, se reuniam no esplêndido Salão de Baile, uma das salas de referência do museu. O interior do palácio conta ainda com um pequeno jardim que alberga diversos elementos clássicos, como colunas e esculturas. Um espaço ideal para descansar e refletir sobre tudo o que foi visto até agora.

MADRID Museo Cerralbo
Interior do Museu Cerralbo
MADRID Museo Cerralbo
Jardim exterior do Museu Cerralbo

3. Palácio de Cristal do Retiro

Ainda extasiados com o que vimos no Museu Cerralbo, no dia seguinte nos encaminhamos ao Palácio de Cristal. No meu caso, eu queria muito conhecê-lo, já que o estudei no curso de História da Arte. Apesar de já ter visto em classe inúmeras vezes, só quando estive diante dele é que pude captar sua verdadeira essência. Originalmente, foi concebido para abrigar a Exposição de Flora das Ilhas Filipinas, realizada em 1887, logo se tornou sede da Exposição Nacional de Belas Artes que, na época, acontecia a cada dois anos. Hoje, seu uso continua vinculado à arte, já que abriga projetos e exposições de artistas contemporâneos.

MADRID El Retiro
Interior do Palácio de Cristal no Parque do Retiro

O que mais gostamos neste palácio, inspirado no já extinto The Crystal Palace de Londres, foi a possibilidade de explorar o seu interior e verificar a sua ligação com a natureza que o acolhe. Essa interação é possível graças a um de seus principais materiais: o vidro. O pequeno lago artificial que o precede, torna-o um cenário perfeito para quem quer eternizar a sua visita através de uma boa fotografia.

4. Matadero Madrid

Se havia um lugar que não podíamos deixar de ir, era o Matadero de Madrid. Raissa me disse que realmente queria conhecê-lo, mas que, por um motivo ou outro, ela nunca teve a oportunidade. Na verdade, temos uma certa fragilidade para aqueles espaços que, após cumprirem a função para a qual foram criados, são reabilitados e recebem uma nova utilização.

MADRID Matadero de Madrid
Matadero Madrid
Madrid Orillas del río Manzanares
Margens do rio Manzanares de Madrid, perto do Matadero

O antigo Matadero de Madrid é hoje um dos epicentros culturais da cidade. Seus pavilhões de estilo mudéjar se destacam como espaços multifuncionais que oferecem desde exposições a reproduções cinematográficas. Os apaixonados pela leitura podem encontrar uma infinidade de atividades relacionadas a esta prática na Casa del Lector. Devido às datas que visitamos, no início de agosto, muitos dos pavilhões ficaram inativos. Apesar de tudo, a sua localização junto ao rio Manzanares, nos permitiu fugir por um momento da agitação de uma cidade que se resiste a adormecer.

5. Puerta del Sol

Satisfeitos com nosso itinerário, o resto da nossa estadia foi dedicado a percorrer algumas das suas ruas e avenidas mais emblemáticas. Lembro estarmos caminhando pela central Puerta del Sol, quando de repente observamos um grupo de pessoas concentradas em torno de uma tela. Movidos pela curiosidade, nos aproximamos para descobrir o motivo do encontro improvisado.

MADRID Puerta del Sol
Pintor Antonio López na Puerta del Sol

Não saímos do nosso espanto ao descobrir que, por trás da enorme tela, estava uma das grandes referências da pintura hiper-realista: Antonio López. Durante alguns minutos pudemos deliciar-nos com as suas pinceladas sutis, algo que nunca teríamos imaginado ao sair de Málaga. Não é todo dia que se tem a sorte de ver um artista trabalhar in loco, muito menos alguém da envergadura do artista. 

Extras: 

Ao contrário de outras viagens, tivemos pouco tempo para continuar descobrindo os segredos de uma urbe de semelhante tamanho. O lado positivo dessa circunstância é que não temos outra escolha a não ser voltar a uma de nossas cidades favoritas. Por outro lado, ficamos sem visitar alguns dos pontos que havíamos marcado em nosso peculiar itinerário:

 

6. Estación de Chamberí

A estação de Chamberí, também conhecida como estação “fantasma”, é uma parada de metrô fechada em 1966. Por muitos anos serviu de refúgio para moradores de rua. Após ser reabilitada, em 2008 abriu ao público como museu do Metro de Madrid. O seu excelente estado de conservação permite ao visitante descobrir elementos originais como as bilheterias ou os seus impressionantes azulejos. A duração da visita varia entre 25 e 30 minutos, realizada sob a supervisão de um guia.

 
 
 
MADRID Chamberí
"Estação fantasma" de Chamberí | Foto: santiagolopezpastor com licença CC BY-ND 2.0
MADRID Parque de Europa
Parque de Europa | Foto: M.Peinado com licença CC BY-NC 2.0

 

7. Parque de Europa

No caso do Parque de Europa o acesso é gratuito e não tem horário específico, exceto o de funcionamento. Seu atrativo reside, principalmente, nas 17 réplicas de monumentos europeus; com destaque a um fragmento original do famoso Muro de Berlim.

Estas duas últimas opções, a igual que as anteriores, são totalmente gratuitas.

Paradoxalmente, até muito recentemente o sentimento que tínhamos por Madrid era, no mínimo, de amor e ódio. Embora tenha sido o ponto de encontro quando morávamos em diferentes cidades, foi também o das despedidas. Apesar de tudo, decidimos dar-lhe uma nova oportunidade e voltar com um olhar renovado. Desta vez, não houve pressa para perder o trem, nem beijos apressurados ​​no meio do terminal. Madrid, como os bons amigos, necessitam de tempo. Um tempo que fez com que nos apaixonássemos por ela e finalmente compreendêssemos o significado do famoso ditado “de Madrid ao céu”.

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ATIVIDADES:

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Seis museus a um clique de distância https://viajarte.blog/museus-com-visitas-virtuais/#utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=museus-com-visitas-virtuais https://viajarte.blog/museus-com-visitas-virtuais/#comments Wed, 22 Jul 2020 21:35:45 +0000 https://viajarte.blog/?p=1067

Os amantes da arte, entre os quais incluo Raissa e eu, nos encontramos em uma situação um tanto estranha, pois não podemos visitar nossos museus favoritos. É possível que muitos de vocês estejam nesta mesma posição, por isso criamos uma pequena lista de museus europeus, que podem ser visitados interativamente, sem nenhum custo. Não usamos critérios de seleção muito sofisticados, mas selecionamos alguns museus onde são encontradas algumas das obras mais relevantes da História da Arte.

Dependendo do museu, a visita pode ser feita virtualmente, acessando todas ou algumas salas dos museus; Ou, por outro lado, o itinerário pode ser realizado consultando série de obras selecionadas, às quais podemos acessar simplesmente clicando nelas. A maioria das pinturas e esculturas serão acompanhadas de um texto explicativo que facilita nossa compreensão sobre as mesmas.

Fachada do Museu do Prado
Museu do Prado | Foto: Emilio

1. Museu do Prado (Madri)

O Museu do Prado é provavelmente o museu espanhol que goza de maior reconhecimento internacional. O edifício foi projetado por Juan de Villanueva em 1875 como o Gabinete de Ciências Naturais. Em 1819, foi aberto ao público como um museu, abrigando cerca de 300 pinturas pertencentes à Coleção Real. Atualmente, podemos disfrutar de mais de 1700 obras de artistas como: Rubens, Murillo, José de Rivera, Caravaggio, El Greco ou Velázquez.

Guernica de Pablo Picasso | Foto: Museu Reina Sofía

2. Museu Reina Sofía (Madri)

Neste museu, você encontrará uma das obras mais importantes a nível político, social e cultural. Picasso realizou o Guernica em 1937, motivado pela Exposição Universal, celebrada neste mesmo ano em Paris. A pintura retrata os horrores da guerra e a capacidade destrutiva do ser humano. A pintura ficou em exibição por um longo período no MoMA, em Nova York. Em 1981, retorna a Espanha, cumprindo assim a vontade do seu autor.

Foto de la Galleria degli Uffizi
Galleria degli Uffizi | Foto: Elias Rovielo

3. Galleria degli Uffizi (Florença)

Falar de arte é falar de Florença. Na cidade toscana, berço do Renascimento, se localiza a Galeria Uffizi, uma das mais antigas do mundo, de acordo com o conceito de museu moderno. A coleção dispõe de obras de grandes artistas como: Leonardo da Vinci, Botticelli, Rafael e Miguel Ángel. As mulheres também têm espaço na galeria, graças à figura de Artemisa Gentileschi; pintora que se destacou em um mundo que parecia estar reservado exclusivamente aos homens.

A criação de Adão | Foto: Museus do Vaticano

4. Museus do Vaticano (Ciudade do Vaticano)

Nesta ocasião, o museu nos fornece as duas opções comentadas anteriormente: visita virtual e consulta de obras. A visita virtual nos oferece a oportunidade de visitar a famosa Capela Sistina, localizada no Palácio Apostólico da Cidade do Vaticano. Entre as pinturas afresco que a decoram, encontramos A Criação de Adão (1511) ou O Último Julgamento (1537-1541), ambas composições do artista Miguelangelo Buonarroti. Da mesma forma, podemos acessar as Salas de Rafael: quatro salas localizadas no segundo andar do Palácio Apostólico, decoradas por Rafael Sanzio e seus discípulos (1508-1524). Sendo a obra Escola de Atenas (1510-1512) uma das obras que possui um maior protagonismo. Uma das curiosidades é que personagens de diferentes épocas e contextos coexistem em uma mesma cena, razão pela qual Platão, Aristóteles, Michelangelo e o próprio Rafael aparecem juntos.

Museo del Louvre
Museu do Louvre | Foto: Ian Kelsall

5. Museu do Louvre (Paris)

Existem três coisas que você deve fazer quando vai a Paris: visitar Disneyland Paris, subir na Torre Eiffel e perder-se nas salas do Museu do Louvre. Quando escutamos algo sobre o Louvre, imediatamente nos lembramos da famosa obra de Leonardo Mona Lisa / A Gioconda (1503). Certamente é um trabalho enigmático que possui uma história um tanto conturbada. A famosa pintura foi roubada do Louvre em 1911 e recuperada, dois anos depois, na cidade Florença. O ladrão acabou sendo um funcionário italiano do museu. O delinqüente declarou que havia roubado a obra, porque na época de Napoleão, o imperador havia obtido muitas pinturas italianas para enriquecer os museus franceses, e pretendia devolvê-la ao seu local de origem. O que o ladrão não sabia, é que o trabalho foi adquirido pelo monarca Francisco I da França no início do século XVI, portanto o trabalho nunca pertenceu à Itália.

Antes de encontrar o autor do roubo, muitos foram os suspeitos interrogados pelas autoridades. Entre os quais podemos mencionar o famoso poeta Guillaume Apollinaire e o próprio Pablo Picasso.

Autorretrato con sombrero de fieltro gris
Autorretrato com Chapéu de Feltro Cinza | Foto: Museu Van Gogh

6. Museu Van Gogh (Ámsterdam)

Mentiríamos se disséssemos que temos um artista ou um trabalho favorito. Da mesma forma, não acreditamos que exista uma arte que seja melhor que outra. Mas se estivéssemos na posição de ter que elaborar uma lista com os artistas que mais gostamos, Vang Gogh, sem dúvida faria parte dela. Em meados do século XIX, a pintura começou a traçar um novo caminho, libertando-se das amarras das academias de arte européias. A ruptura total viria relacionada com as vanguardas históricas, mas até chegar lá, muitos artistas mostraram ao mundo que havia outra maneira de vê-lo e, portanto, de representá-lo.

Van Gogh, foi um desses artistas incompreendidos que contribuíram para essa transformação. Ao longo de sua vida, ele fez vários auto-retratos, como o Autorretrato com Chapéu de Feltro Cinza (1987-88), que fica no Museu Van Gogh de Amsterdã. Sem dúvidas, haverá pessoas que gostem dessa classe de obra, e outras que não, já que existem tantos tipos gostos quanto o número de pessoas que habitam a terra. No entanto, poucos podem questionar a capacidade do artista de compreender a psicologia do retratado, neste caso o seu.

Embora possa parecer o contrário, a escolha desses museus e obras foi bastante difícil. Apesar disso, esperamos aproveite as visitas e, se souber de outras além dessas, entre em contato conosco ou deixe o link nos comentários. Por certo, temos que pedir desculpas por ter ignorado a escultura, portanto, temos pendente uma publicação dedicada exclusivamente a esta arte.

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